Os medicamentos vão pesar mais no bolso da população a partir de domingo, 31 de março. A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos da Anvisa autorizou o reajuste anual dos preços em até 4,5%.
O reajuste está autorizado a partir de hoje, dia 31, mas o aumento dos preços não é automático. Mesmo assim, a tendência é que, a partir do dia 1º, as remarcações ocorram ao longo do tempo, na magnitude máxima permitida.
Neste ano, o limite máximo de 4,5% é exatamente a variação acumulada em 12 meses do IPCA, o índice oficial de inflação, calculado pelo IBGE, mas está acima das expectativas. Analistas esperam que o IPCA suba 3,75% este ano.
Mesmo assim, os reajustes autorizados pela CMED têm ficado abaixo da inflação média ao consumidor, segundo o Sindusfarma. Nas contas da entidade, de 2014 a 2024, os reajustes autorizados pelo governo acumulam uma alta de 72,7%, abaixo da variação acumulada registrada pelo IPCA, de 77,5%, no mesmo período.
E o aumento dos preços pesa principalmente para quem faz uso contínuo de medicamentos. Luzia Paes, de 76 anos, reclama dos preços, que pesam bastante no orçamento mensal da família.
Emília Feitosa, dona de casa, 64 anos, diz que gasta quase R$ 400 por mês com remédios para ela e seu esposo.
Segunda a Anvisa, esse o menor reajuste de medicamentos desde 2020. O órgão informa que o aumento não é automático, mas sim um máximo de reajuste permitido pela agência reguladora.
Agência Brasil