
A capital maranhense acaba de dar um salto histórico rumo à transição energética. Nesta quarta-feira, 30 de julho, foi inaugurado o primeiro gasoduto de distribuição de gás natural de São Luís, um marco na infraestrutura energética do estado. O sistema, batizado de SDGN2, possui 4 quilômetros de extensão e foi entregue em cerimônia realizada na base da Gasmar, no Porto do Itaqui, com a presença do governador Carlos Brandão, autoridades e representantes do setor produtivo.
Com um investimento de R$ 100 milhões, o gasoduto representa um importante avanço tanto para a economia local quanto para a sustentabilidade ambiental.
Redução de emissões e uso industrial
O SDGN2 já entra em operação com um grande consumidor: a mineradora Vale, que receberá 250 mil metros cúbicos de gás natural por dia. O combustível substituirá o óleo utilizado na usina de pelotização de minério de ferro, promovendo uma redução de 28% nas emissões de carbono da unidade.
Essa mudança é estratégica não apenas do ponto de vista ambiental, mas também econômico, já que o gás natural tem custo mais competitivo em comparação ao óleo combustível. Além disso, o gás garante maior eficiência energética, menor geração de resíduos e queima mais limpa.
Expansão futura: hospitais, comércio e residências
Apesar do foco inicial ser o setor industrial, o governador Carlos Brandão destacou que o novo gasoduto abre caminho para expandir o fornecimento de gás natural para hospitais, estabelecimentos comerciais e residências, o que deverá acontecer em etapas futuras do projeto.
O abastecimento urbano com gás natural pode gerar ganhos significativos:
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Redução de custos para unidades hospitalares e empresas
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Alternativa mais limpa para cozinhas industriais e domésticas
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Aquecimento de água com menor impacto ambiental
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Menor dependência de botijões de gás (GLP)
Energia limpa e novos investimentos para o Maranhão
Durante a solenidade de inauguração, o governador reforçou que o gasoduto faz parte de uma estratégia mais ampla do Maranhão para se tornar referência nacional em energia limpa e sustentável. A meta é tornar o estado mais atrativo para investidores do setor energético e industrial, especialmente os que buscam soluções de baixo carbono.
Segundo Brandão, o exemplo do gasoduto será levado pelo estado à COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas, que ocorrerá em novembro, no Pará. “Vamos mostrar ao mundo como o Maranhão está se preparando para uma nova era de desenvolvimento sustentável”, afirmou.
Sobre a Gasmar
A Gasmar (Companhia Maranhense de Gás) é responsável pela operação do sistema. Ela tem papel estratégico na ampliação do uso do gás natural no estado e no desenvolvimento de políticas públicas voltadas à energia limpa. A empresa também prevê novas fases de expansão para interiorizar o serviço e atender municípios além da capital.
Um novo tempo para São Luís
Com a entrada em operação do SDGN2, São Luís inaugura não apenas um gasoduto, mas uma nova fase em sua matriz energética. A iniciativa coloca o Maranhão no mapa das regiões que estão investindo em tecnologias mais limpas, eficientes e sustentáveis, com impactos positivos para o meio ambiente, para a economia e para a vida da população.