
O custo da cesta básica aumentou em 15 das 17 capitais brasileiras pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no mês de abril de 2025. A elevação dos preços reflete o impacto da inflação nos alimentos essenciais do dia a dia dos brasileiros, afetando especialmente as famílias de baixa renda.
Entre as capitais com maior aumento, destacam-se Brasília (5,36%), Aracaju (3,94%) e São Paulo (3,75%). Já as únicas cidades que apresentaram queda foram Salvador (-0,25%) e Belo Horizonte (-0,16%).
Segundo o Dieese, os principais vilões do aumento foram produtos como batata, leite integral, arroz, feijão e tomate, que registraram alta significativa em diversas regiões. A variação está ligada a fatores como entressafra, problemas climáticos e custos de produção.
Em São Paulo, a cesta básica continua sendo a mais cara do país, custando R$ 839,40 em abril. Na sequência aparecem Florianópolis (R$ 828,36) e Porto Alegre (R$ 822,01). Já a capital com o menor valor foi Aracaju (R$ 604,95).
O levantamento serve de base para o cálculo do salário mínimo ideal, que, segundo a metodologia do Dieese, deveria ser de R$ 6.946,37 em abril, para garantir o sustento digno de uma família de quatro pessoas. O valor é quase cinco vezes maior que o salário mínimo nacional vigente de R$ 1.412,00.
O Dieese realiza mensalmente esse estudo para avaliar o poder de compra do trabalhador brasileiro e monitorar os impactos da inflação nos alimentos mais consumidos pelas famílias. A tendência de alta nos preços preocupa especialistas, que alertam para o agravamento da insegurança alimentar no país.