
Washington, 9 de maio de 2025 – O Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (9) uma medida polêmica: a retirada de militares transgênero das Forças Armadas. A decisão, assinada pelo Secretário de Defesa, representa uma reviravolta nas políticas de inclusão que vinham sendo adotadas nos últimos anos.
A nova diretriz determina que pessoas transgênero não poderão mais servir ativamente nas forças militares norte-americanas, salvo em casos específicos de exceção ainda não detalhados pelo Pentágono. A medida inclui aqueles que já se encontram em serviço e que tenham iniciado o processo de transição de gênero.
A justificativa oficial apresentada é a de “manutenção da prontidão militar” e “padronização de requisitos médicos e físicos”, mas organizações de direitos civis e grupos LGBTQIA+ já se manifestaram com veemência contra a decisão.
“Esta é uma política discriminatória, que ameaça não apenas os direitos humanos, mas também a segurança nacional, ao excluir pessoas altamente capacitadas apenas por sua identidade de gênero”, declarou Jordan Reaves, porta-voz da Human Rights Campaign.
A decisão remete a ações semelhantes tomadas em 2017, durante o governo de Donald Trump, que também restringiram a participação de pessoas trans nas Forças Armadas. A medida havia sido revertida em 2021 pelo então presidente Joe Biden, restabelecendo a inclusão plena desse grupo.
Com a nova diretriz, o clima é de tensão entre membros das Forças Armadas e a sociedade civil. Especialistas alertam para possíveis ações judiciais e protestos organizados nos próximos dias.
A Casa Branca ainda não comentou oficialmente a decisão.