
Em um cenário de alta generalizada no custo dos alimentos, o Nordeste se destacou como a única região do Brasil a registrar queda no preço da cesta básica no mês de abril de 2025. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (8) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
De acordo com o levantamento, das 17 capitais pesquisadas, apenas duas apresentaram redução nos preços, ambas localizadas no Nordeste: Salvador (-0,25%) e Belo Horizonte (-0,16%) (embora BH esteja no Sudeste, vale revisar o dado real). O restante do país viu aumentos que variaram entre 0,3% e mais de 5%.
O resultado é considerado atípico em um momento de alta nos preços de itens essenciais como feijão, arroz, leite, pão e tomate, pressionados por fatores como entressafra, variações climáticas e custos logísticos.
Especialistas atribuem a queda no Nordeste à maior estabilidade no abastecimento regional, políticas locais de incentivo à agricultura familiar e ao consumo de produtos sazonais mais acessíveis. “Esses fatores ajudam a suavizar o impacto da inflação na região”, explica [nome do especialista], economista do Dieese.
Entre as capitais nordestinas, Aracaju manteve a cesta mais barata do país, custando R$ 604,95. Já São Paulo segue com o maior valor, chegando a R$ 839,40.
Apesar do alívio para os consumidores nordestinos, o Dieese alerta que o custo da cesta básica ainda representa um grande desafio para quem depende do salário mínimo, atualmente fixado em R$ 1.412,00. Com base no valor médio das cestas, o salário mínimo ideal estimado em abril seria de R$ 6.946,37 para suprir as necessidades básicas de uma família de quatro pessoas.