
A arquiteta e pesquisadora maranhense Danielle Nogueira Magalhães fará sua estreia no mercado editorial com o lançamento do livro Fábrica de Tecidos no Sertão Maranhense, previsto para o dia 20 de junho, durante a Bienal do Livro, no Rio de Janeiro. A obra revisita um capítulo pouco conhecido da história industrial do Brasil, ao abordar a presença da indústria têxtil nas cidades de Codó e Caxias, no interior do Maranhão, no final do século XIX. Além do contexto histórico, o livro destaca a memória dos trabalhadores que atuaram nessas fábricas.
Formada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Danielle construiu sólida trajetória na área de preservação do patrimônio. Atuou por mais de dez anos no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em São Luís e, atualmente, segue vinculada ao órgão, agora no Rio de Janeiro, com foco na preservação do patrimônio ferroviário e em projetos culturais.
O livro nasceu a partir de sua pesquisa no Mestrado Profissional em Preservação do Patrimônio Cultural, realizado no Centro Lúcio Costa, instituição ligada ao IPHAN. Resultado de uma investigação cuidadosa, a obra reúne relatos, registros históricos e análises sobre os vestígios materiais e a história social que envolve os antigos operários das fábricas maranhenses.
O lançamento na Bienal, um dos principais eventos literários do país, marca não apenas a estreia da autora, mas também reforça a importância da preservação da memória industrial do Nordeste. O evento ganha ainda mais relevância por ocorrer em um ano simbólico, quando o Rio de Janeiro ostenta o título de Capital Mundial do Livro, concedido pela Unesco.