Magno Silva 
A atriz brasileira Fernanda Torres está vivendo um momento de grande destaque internacional. Após ser homenageada pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas em uma publicação viral no Instagram, a artista foi alçada pela renomada revista Vanity Fair ao status de “ícone global da indústria cinematográfica”.
A publicação da Vanity Fair destaca o brilhante desempenho de Fernanda em “Ainda Estou Aqui”, filme no qual interpreta um papel de grande complexidade e sensibilidade. Sua atuação, descrita como “silenciosa, elegante e poderosa”, a coloca em uma posição privilegiada na disputa por uma indicação ao Oscar 2025, ao lado de nomes como Nicole Kidman, Angelina Jolie e Demi Moore.
A trajetória de Fernanda Torres no cinema é marcada por uma série de sucessos e reconhecimento internacional. Aos 19 anos, ela conquistou o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes por seu papel em “Eu Sei Que Vou Te Amar”, um marco que a projetou para o cenário internacional.
Apesar de sua longa e exitosa carreira, Fernanda não se isenta de momentos marcantes, como a ausência na cerimônia de premiação em Cannes, onde não pôde receber o prêmio das mãos de Sting. “Fiquei tão triste que não recebi o prêmio das mãos de Sting. Mas no Brasil, era como a Copa do Mundo – eu andava pelas ruas com pessoas gritando”, relembra a atriz com bom humor.
Em “Ainda Estou Aqui”, Fernanda contracena com sua mãe, a também atriz Fernanda Montenegro, o que a levou a refletir sobre a importância da tradição familiar na arte. Ao ser questionada sobre o termo “nepo baby” (filho de famoso), a atriz rebateu com firmeza: “Estamos falando de uma tradição, a família do circo, e isso é algo bonito. É um trabalho que você pode aprender observando, imitando, vivendo em um ambiente. É como os médicos. Mas não, hoje em dia decidiram que somos ‘nepo babies’. O mundo está muito bobo”.
A atriz também compartilhou sua visão sobre o envelhecimento na carreira artística: “Para ser um artista moderno hoje em dia, você tem que estar vivo em muitos lugares para sobreviver. Se você continuar esperando por um convite para um filme ou o que quer que seja, você morrerá sentado. Você precisa se reinventar o tempo todo. Então é muito bom envelhecer. É um fato muito bom de envelhecimento”.
Com a consagração como ícone global e a possibilidade de uma indicação ao Oscar, o futuro de Fernanda Torres parece promissor. Sua trajetória inspiradora e sua dedicação à arte a colocam como uma das grandes atrizes de sua geração.
