O Plenário do Senado confirmou nesta quarta-feira (21) o nome de do diplomata Renato Mosca de Souza para a chefia da embaixada brasileira em Roma, capital da Itália. A indicação (MSF 29/2023) será comunicada ao governo federal. Foram 48 votos favoráveis e 6 contrários.
A embaixada em Roma também atende as relações do Brasil com as repúblicas de San Marino e Malta.
Atualmente, Renato Mosca de Souza é cônsul-geral do Brasil em Vancouver, no Canadá. Antes, foi embaixador na Eslovênia e chefe do cerimonial da Presidência da República, entre outros postos.
O relatório pela aprovação, elaborado pelo senador Humberto Costa (PT-PE) e apresentado pelo senador Cid Gomes (PDT-CE), destacou o estoque expressivo de investimentos de empresas italianas na economia brasileira, além da relevância do comércio bilateral. Apenas entre janeiro e março de 2023, as trocas bilaterais alcançaram US$ 2,5 bilhões.
Em relação às trocas bilaterais, Renato Mosca de Souza ressaltou, durante a sabatina na Comissão Relações Exteriores (CRE), que o comércio entre os dois países está em expansão.
Também foi aprovado nesta quarta-feira (21) a indicação do diplomata Ricardo Guerra de Araújo para chefiar a embaixada brasileira na Romênia (MSF 25/2023). Ele recebeu 47 votos favoráveis e 2 contrários.
Araújo foi sabatinado pela Comissão de Relações Exteriores (CRE) na semana passada. Na ocasião, ele falou sobre o posicionamento da Romênia em relação à invasão da Ucrânia pela Rússia e afirmou que o país é um dos maiores críticos da ação russa no âmbito das Nações Unidas e do Tribunal Penal Internacional. A Romênia faz fronteira com a parte ocidental da Ucrânia e também compartilha espaço marítimo no Mar Negro.
— A Romênia vem apoiando as sanções econômicas para isolar Moscou no cenário internacional, praticamente desde o início do conflito com a Ucrânia. Também fornece importante apoio à Ucrânia, acolhendo refugiados, prestando ajuda energética e humanitária bastante relevante à nação vizinha, além de já ter facilitado o transporte de 13,5 milhões de toneladas de grãos da Ucrânia para o resto do mundo — informou Guerra.
O relatório da indicação foi do senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), que anunciou no Plenário sua mudança para o MDB nesta quarta-feira (20). Segundo Alessandro, o Brasil tem potencial para aumentar as exportações de petróleo e gás natural para a Romênia. Também há espaço para o crescimento de investimentos bilaterais em áreas como tecnologia da informação, infraestrutura, aeronaves, mineração, metalurgia, energia renovável, indústria farmacêutica e setor agropecuário.
Ricardo Guerra de Araújo é o atual embaixador brasileiro na Nigéria, posto que ocupa desde 2018. Ele já foi chefe da Divisão de Europa do Ministério das Relações Exteriores (2004-08) e ministro-conselheiro nas embaixadas do Brasil na França (2008-14) e na Bulgária (2014-17).
O diplomata Claudio Frederico de Matos Arruda vai chefiar a embaixada brasileira na Austrália. A indicação (MSF 24/2023) foi aprovada nesta quarta-feira (21) no Plenário do Senado. Foram 41 votos favoráveis e 2 contrários. Houve uma abstenção.
O diplomata é o atual embaixador brasileiro em Londres, na Inglaterra. Também foi cônsul-geral em Nova York (EUA), chefe da assessoria diplomática da Vice-Presidência da República e chefe do cerimonial da Presidência do Senado. Além da Austrália, Arruda ficará responsável, cumulativamente, com as missões nas Ilhas Salomão, em Papua Nova Guiné, em Vanuatu, Fiji e Nauru.
Na sabatina na Comissão de Relações Exteriores (CRE), o indicado destacou que um dos seus focos será fazer gestões pela remoção da barreira comercial da Austrália à importação de cachaça brasileira. O Brasil já vem questionando formalmente a Austrália por sua posição, desde 2019, na Organização Mundial do Comércio (OMC). O tema tem sido debatido pelos dois países no âmbito do Comitê de Barreiras Técnicas ao Comércio.
— Que ele possa representar o Brasil na Austrália tão bem quanto nos representou no Reino Unido — disse a senadora Tereza Cristina (PP-MS), que relatou a indicação.
Fonte: Agência Senado